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Associação de Criadores de Bovinos de Raça Barrosã

Os ovinos da raça Bordaleira de Entre Douro e Minho enquadram-se no grupo dos ovinos bordaleiros, também denominado na região do Minho como “bordaleiras comuns”, “ovelhas da várzea”, ou mesmo “ovelhas do carro” ou “mansas”, pois usualmente acompanham os bovinos quer no trabalho quer nas pastagens. Estes animais são geralmente bem conformados mas medianamente desenvolvidos.


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Habitam as zonas de meia encosta ou de várzea, ou seja, as de maior produtividade da região do Entre Douro e Minho. O seu solar, que outrora se estendia da fronteira com a Galiza ao distrito de Aveiro, actualmente encontra-se confinado a alguns concelhos dos distritos do Porto, Braga, Viana do Castelo e Vila Real.

A rentabilização deste efectivo deve-se prioritariamente à sua função creatopoiética, quer por venda dos borregos em talhos da região, quer para autoconsumo. No entanto, é mportante referir que para além desta função magna, também a produção de estrume para fertilização das hortas e a limpeza e manutenção dos campos são funções desta raça que viabilizam a sua existência e permitem a conservação da paisagem típica da região minhota.

A lã, do tipo bordaleiro, de mediana qualidade, numa época em que se encontra muito desvalorizada, representa mais um encargo do que um rendimento, sendo no entanto ainda utilizada para a confecção de tapetes e cobertores, vendidos nas tradicionais feiras locais.

A população da raça Bordaleira de Entre Douro e Minho encontra-se actualmente numa situação de franco declínio, quer devido ao abandono da actividade agrícola pela população mais jovem, quer mesmo pela massiva introdução de reprodutores masculinos que permitiram a obtenção de maiores e mais rápidos resultados zootécnicos. Os efectivos visitados nos últimos anos apresentam alguma heterogeneidade, necessitando de um trabalho genético dirigido para a fixação dos caracteres étnicos. Não será, no entanto, fácil o trabalho, pois os efectivos raramente ultrapassam as 15 fêmeas. São escassos os machos de elevado gabarito étnico e o maneio reprodutivo e sanitário tradicional é indiscutivelmente limitativos. Será sem dúvida um trabalho árduo, o de preservação e melhoramento genético deste património autóctone tão importante para a manutenção da biodiversidade, característica desta região.

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