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  AMIBA
Associação de Criadores de Bovinos de Raça Barrosã

Sistema de Exploração

A Raça Bordaleira de Entre Douro e Minho é criada em pequenas unidades agrícolas, normalmente de auto subsistência, constituindo-se em pequenos rebanhos que são explorados como complemento dos bovinos, geralmente considerados como a principal produção das explorações. Estes rebanhos, ao pastorear em conjunto, permitem um maior aproveitamento das disponibilidades forrageiras e uma rentabilização dos excedentes.


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Nas aldeias em que existiam vários rebanhos pequenos era comum haver apenas um ou dois reprodutores masculinos para todos os rebanhos, uma vez que se tornava pouco viável a manutenção de um macho para beneficiar duas ou três fêmeas. Estes reprodutores eram normalmente propriedade do maior criador, pastoreando durante todo o ano com o seu rebanho e permitindo, normalmente no início ou no final do dia, o benefício dos animais dos criadores vizinhos.

Actualmente, estes animais só são explorados na função creatopoiética, com o abate dos borregos para venda em talhos da região ou para auto-consumo.

Existem actualmente três procedimentos típicos: abate ao mês de idade, sendo os borregos vendidos de imediato para restaurantes, o abate aos 4 a 5 meses de idade, altura em que são tradicionalmente desmamados e vendidos, produzindo carcaças com um peso médio que ronda os 8 a 12 Kg.

Há uma festa anual, por altura do S. João (finais de Junho) em que os borregos são abatidos com 7 a 12 meses de idade e um peso que ronda, em média, os 15 kg por carcaça.

Como já foi referido, o principal objectivo do criador de ovinos de raça Bordaleira de Entre Douro e Minho é a produção de carne. No entanto, existem outras motivações, como a produção de estrume ou a limpeza de campos, que concorrem em igualdade para o interesse da manutenção destes animais.

A produção de lã, que outrora foi a principal razão da criação destes animais, é hoje uma despesa considerável para a exploração, uma vez que a lã já pouco vale, ao contrário da mão-de-obra em crescendo constante, tornando a tosquia mais onerosa do que o seu resultado.

A pequena dimensão das explorações, aliada ao consequente baixo encabeçamento, à falta de carneiros de elevado gabarito étnico, ao baixo nível de escolaridade, bem como à elevada idade dos proprietários, torna qualquer acção de melhoramento extremamente difícil e dispendiosa.

Quadro n.º 1 - Evolução do efectivo da raça Bordaleira de Entre Douro e Minho
ANO 1870a1934a1940a1955a1972a 20072010
TOTAL150.924242.195302.805270.423131.92868506052
a - Arrolamentos Gerais de Gados – total de ovinos por distritos (F. Cabral Calheiros in Boletim Pecuário, 1981). b – Animais da raça Bordaleira de Entre Douro e Minho inscritos no Registo Zootécnico desta raça (AMIBA, 2010).

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