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 Distribuição
A população de ovinos da raça Churra do Minho concentra-se nas zonas mais altas de algumas serras do Noroeste de Portugal, nomeadamente nos distritos de Braga, Viana do Castelo e Vila Real.

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Os concelhos de Caminha, Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Cabeceiras de Basto e Montalegre são os que possuem ovinos de maior pureza étnica, habitando as zonas mais altas das
serras destas regiões e pastoreando quase sempre acima dos 800m de altitude, em rebanhos mais ou menos numerosos e comunitários.
Esta região possui um clima atlântico com influências marcadamente continentais, caracterizado por Invernos muito frios, com prolongados períodos de neve, numerosos dias de geada e grande precipitação,
que condicionam todo o coberto vegetal das serras.

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As zonas mais altas, onde normalmente pastoreiam estas ovelhas, com solos esqueléticos de origem granítica, são caracterizadas por uma flora predominantemente arbustiva e com algumas gramíneas
pouco desenvolvidas. Esta rigorosa e restritiva base alimentar, de baixa qualidade e digestibilidade, condiciona grandemente o desenvolvimento e a sobrevivência dos animais que dela se alimentam,
bem como das populações que deles dependem. Assim, aliada à silvo-pastorícia praticada nestas regiões podem encontrar-se, em superfícies arrancadas aos montes e rodeadas por imensas penedias, culturas
agrícolas esporádicas (milho, batata e hortícolas) e forragens espontâneas para complemento alimentar dos rebanhos, nos dias de Inverno.
As rigorosas condições climáticas, os inúmeros perigos e predadores, em que se destaca a presença do lobo, estiveram na origem do ancestral sistema de criação dos ovinos desta raça, em que se alia a
segurança de um rebanho numeroso com a protecção de um ou vários pastores (vezeira), bem como o pastoreio de grandes áreas comuns (baldios).
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